Antonio Gonçalves Dias
Poeta brasileño
Antonio Gonçalves Dias nació el 10 de agosto de 1823 en Caxias (Maranhão). Hijo de un comerciante portugués y una mestiza brasileña.
Inició sus estudios con José Joaquim de Abreu. Se trasladó a Europa para seguir sus estudios y retornó en 1845, tras acabar Derecho en Coímbra, Portugal.
Conoció a Ana Amélia Ferreira Vale, quien fue su musa en varias piezas románticas: "Ainda uma vez, adeus" ("Todavía una vez, adiós"). Pidió su mano en 1852, pero la familia no lo aceptó. Ese mismo año retornó a Río de Janeiro, donde se casó con Olímpia da Costa.
Fue nombrado oficial de la Secretaría de Negocios Extranjeros y trabajó como periodista. Realizó trabajos de recopilación de documentos en archivos europeos por orden del Gobierno brasileño y escribió memorias de interés histórico que se publicaron en la Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro.
Escribió Primeiros Cantos, Segundos Cantos y Últimos Cantos (1847-1861) y Os Timbiras (1857). Se destacan los poemas de carácter indigenista Canção do Tamoio y Juca Pirama.
Regresó a Europa en 1862 para un tratamiento de salud. No obtuvo resultados y retornó a Brasil en el navío Ville de Boulogne, que naufragó, ahogándose Antonio Gonçalves Dias el 3 de noviembre de 1864.
*buscabiografias.com
Obras
1843 — Canção do exílio
1846 — Primeiros cantos
1846 — Meditação
1846 — O Brazil e Oceania
1848 — Segundos Cantos
1848 — As sextilhas de Frei Antão
1846 — Seus Olhos
1857 — Os timbiras
1851 — I-Juca-Pirama
1858 — Dicionário da Língua Tupi chamada língua geral dos indígenas do Brasil
Canção do exílio
(Coimbra, julho de 1843)
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.
Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.
Em cismar, sozinho, à noite,
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar - sozinho, à noite-
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu'inda aviste as palmeiras,
Onde canta o Sabiá.